quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Espiando

Universitários +  janelas = voyeurismo.

Para uma janela aberta, existem quatro pessoas espiando. Ao menos é isso o que a convivência em cidades universitárias revela.
E é a partir dessas observações que OCdR apresenta as espécimes de voyeur e seus respectivos modos de agir:


1. Ocasião
O cara acorda, abre a janela, e nota que no apartamento do outro lado da rua tem alguém entrando no quarto só de toalha. E esse alguém, distraído, começa a se vestir de janela aberta, sem saber que estão assistindo.
E o cara assiste, aproveita a oportunidade, mas assim que acaba volta pra sua vida. Pode ser que no dia seguinte o cara confira o mesmo apartamento esperando conseguir outra espiada, mas com o passar do tempo vai acabar esquecendo.

2. Hobby
O cara sempre fica de olho no entra e sai do condomínio. Dotado de memória, audição e visão aguçadas, ele sabe quem mora onde, quem faz o quê e quem anda com quem. Seu passatempo preferido é ficar atento à vizinhança, tal qual uma velha fofoqueira.
Suas capacidades o permitem identificar vultos a longas distâncias, distinguir sons através de paredes, e reconhecer rostos vistos apenas de relance. Mesmo assim, dificilmente ele toma proveito das informações ou interfere; apesar de curtir saber da vida dos outros, ele tem a dele.

3. Platonismo
O cara olha todo dia pra janela, esperando ver a menina. Se ela aparece, o coração dele acelera.
Ele a vê tanto, que já elegeu suas preferências: o shorts que fica melhor nela, o penteado que a deixa mais bonita... Desse modo, ele começa a construir um mundo idealizado, no qual a menina estaria sempre como ele gosta.
Porém, ele não a conhece, e é provável que nunca chegue a conhecê-la; o mundo ideal não pode correr o risco de ser desfeito pelo mundo real.

4. Stalking
O cara é profissional. Quando seleciona um alvo, se põe a coletar todas as informações: nome, curso, cidade de origem, amizades, horários, locais que frequenta e por quais ruas passa, entre outros detalhes. O que ele não souber, ele descobre um jeito de saber, aproveitando as redes sociais para aumentar seu banco de dados.
Mas, pra esse tipo de cara, só espiar não basta: quando já se sente familiarizado com seu objeto de observação, o cara começa a forçar encontros, ultrapassando os limites do voyeurismo e partindo pra invasão.


Ainda que o voyeur seja parte do complexo universo fetichista, privacidade é um assunto muito delicado, e é por isso que o blog Os Caras da República deixa claro que não incentiva sua invasão ou qualquer tipo de dano a ela relacionada.
Esta postagem tem cunho convival e pretensão humorística - que os punheteiros possam homenagear suas vizinhas, mas que eles não as persigam obsessivamente!
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