Começo de semestre letivo sempre reserva surpresas, mas para quem está saindo de casa pela primeira vez existe uma em especial:
onde, como e com quem morar.
A primeira coisa que surge na cabeça de muitos são as
Fraternidades de sistema grego, como as que cansamos de ver em filmes de besteirol hollywoodianos.
O fato é que as fraternidades são muito mais do que mostram essas películas; mas, se você for um playboy que pensa que universidade se resume a isso e tem grana pra bancar, vale a tentativa de viver o
american way of life.
Enquanto isso, existem no Brasil pessoas interessadas nas reais finalidades dessas organizações, como Network, por exemplo. Mais informações em
fratsbr.wordpress.com.
Por outro lado, aqui na nossa terra as
Repúblicas são famosas e funcionais.
Há dois modelos:
- Repúblicas Federais: são propriedades de posse da Federação, mas são os alunos que vivem nelas que as administram, organizando desde as tarefas domiciliares à seleção de novos moradores. Talvez seja o que temos de mais parecido com as fraternidades. Pelo que sei, a única nesse modelo é a de Ouro Preto, e nesse post dá pra ter uma noção de como funciona:
vidauniversitaria.com.br;
- Repúblicas Particulares: são em sua maioria estabelecimentos locados por um grupo de estudantes interessados em dividir os custos de aluguel, energia, Internet, alimentação e afins. Algumas mais tradicionais funcionam na base da seleção de novos moradores, enquanto que outras aceitam qualquer candidato disposto. Nem toda república se enxerga como tal, uma vez que a necessidade de moradia barata pode ser maior que o desejo de viver com amigos, como é o exemplo desse site, onde se encontram interessados em dividir quarto:
easyquarto.com.br.
Tratando-se de necessidade, uma opção válida são os
Pensionatos.
Basicamente, são famílias que abrem a porta de seus lares para receber estudantes. Diferente das repúblicas, em que os estudantes precisam adquirir móveis, eletrodomésticos e afins, nos pensionatos tudo isso já vem no pacote, às vezes com refeições e lavanderia. O problema, porém, é que o pacote vem muito recheado: as regras da casa não são suas e nunca serão; isso pode causar incômodo em algum momento da convivência.
Dentro do pacote também são esperados os contratos de locação, normalmente de seis meses, que podem ser renovados no final do período estipulado. Caso haja quebra de contrato, é cobrada uma multa.
Para quem está saindo de casa mas quer continuar na casa da mãe, não vai ter dificuldade em se adaptar a esse modo de vida; mas para quem quer independência, sugiro optar por pensionatos apenas em último caso, de preferência sem contrato (ou contrato de menos tempo), para se mandar assim que tiver oportunidades melhores.
Para esperar por tais oportunidades, servem também os
Hotéis e
Pousadas.
No método da diária, o cara paga pelos dias que precisar, até encontrar o lugar perfeito.
Se a espera não for muita, fique de
Favor!
Algumas repúblicas recebem estudantes que estão perdidos na cidade, até que o cara descubra onde fica o Norte. Outras almas caridosas você encontra no incrível esquema de "surf no sofá", em que pessoas oferecem um leito para viajantes pousarem por um tempo:
couchsurfing.org.
E se você não tem onde cair morto, a oportunidade que te sobra são os
Alojamentos Universitários.
Mas não basta dizer que é pobre, você precisa
provar que é pobre. Para conseguir uma vaga nesse tipo de moradia - também chamada de Casa do Estudante - é necessário apresentação de documentos que comprovem sua situação social. Além de cama e teto, o estudante recebe outros auxílios, como alimentação.
Nessas circunstâncias, achar ruim dormir num quarto pequeno com duas beliches não é permitido. Cavalo dado não se olha, nem se cheira, nem se ouve...
Mas, se você tem condições de selecionar o espaço em que há de ceder à gravidade em ato de falecimento, vá morar
Sozinho!
Seu lar, suas regras, sua vida. Se você tem muita grana e não quer ser incomodado, mais vale um gosto do que dinheiro no bolso.
Adaptação é preciso, mas se sentir em casa é vital.